domingo, 6 de outubro de 2013

ESCOLA LUIZ LEITE, 119 ANOS DE HISTÓRIA EM AMPARO

A segunda escola do Estado de São Paulo,  Luiz Leite, completou no último dia 04 de outubro de 2013, 119 anos. Eu estudei por nove anos nessa escola – lá aprendi as primeiras lições que carrego na vida.

Sabe aquela saudade do passado? Você já associou o tempo a fatos marcantes?

Pois é!

Assim tenho muitas lembranças dessa relíquia de nossa cidade, muito mais que um  patrimônio arquitetônico histórico, é uma escola abençoada que alfabetizou milhões de brasileiros – ensinou ao longo dos 119 anos, o sentido da vida, abrindo a janela do conhecimento, muitos aprenderam o que é ser gente nas tímidas salas de aula do Luiz Leite.

Estudei na Escola Estadual Luiz Leite de 1987 a 1995, ou seja, do primeiro ano a 8º série – naquele tempo, se o aluno não aprendesse, não progredia de série, era reprovado de verdade. Aliás, diga-se de passagem, a Dona Criseide, minha primeira professora, gostava tanto de mim que me segurou para fazer novamente a primeira série...

Durante minha passagem de nove anos pela Escola Estadual Luiz Leite, dois diretores, respectivamente,  comandou a escola: DORIVAL MARIOTONI e MARCOS COIMBRA.
Escola Luiz Leite

Quantas lembranças boas dessa época: brincadeiras, amigos, aprendizado etc. Também passei bons bocados lá: muitas brigas, ora levava vantagem, ora saia na pior... Mas jamais desrespeitei uma professora – as encrencas sempre foram por boa causa: em defesa de alguém e para ajudar um amigo apurado. Quando o bicho pegava de verdade, minha trincheira era a venda do PANEGASSI - assim o diga o João Bartolomeu Panegassi.

Minha mãe, Dona Vilma, coitada, vivia na diretoria conversando com o diretor – quando não tinha razão, levava a maior dura em casa.

Foi lá, EE Luiz Leite, que tive as primeiras manifestações da vocação política - aprendi a noção de mundo. Lembro-me como se fosse hoje das aulas (história e geografia) da Dona Clélia falando do impeachment do Collor, a queda do helicóptero que provocou a morte de Ulisses Guimarães, guerra do Golfo Pérsico etc.

Saudade e eterna gratidão aos mestres que me ensinaram: Dona Mayde, Rosária, Rosa, Clélia, Milton Rosa, Derley entre outros que deixaram suas marcas no mural da história.

Quantos “presta atenção” das auxiliares Dona Olga, Maria, Dudu e da Dona Jane, por ironia do destino é mãe da minha esposa, Leia Carolina, que estudou na mesma sala desde o primeiro ano.

Não poderia deixar de mencionar a hora do recreio: sopa, polenta com molho e carne moída, leite com bolacha, pão com salsicha etc... 

Gostaria de poder reunir todas essas pessoas que passaram pela minha vida - as mencionadas e as não mencionadas nesse momento, e agradecer individualmente as lições que transmitiram e o quanto foram importantes para mim. Se hoje sou o que sou, graças à essas pessoas que tiveram muita paciência e dedicação em ensinar e orientar.

Por isso, também, que valorizo tanto a classe de professores. Ser professor é um sacerdócio, é divino, é uma das mais magníficas profissões que o ser humano pode exercer, é dar sentido à vida, é ser contribuinte do futuro de alguém...

Bem, depois de me emocionar escrevendo tais palavras, encerro minha mensagem com um MUITO OBRIGADO LUIZ LEITE.

Como uma homenagem a minha eterna escola, segue a parte histórica da Escola Estadual Luiz Leite, pesquisada no site Centro de Referência Mário Covas do Governo do Estado:

O Grupo Escolar Luiz Leite foi instalado no dia 4 de outubro de 1894, no Largo de São Benedito, em um prédio alugado, pertencente ao Sr. José Feliciano de Camargo, pela reunião das  oito escolas públicas que funcionavam na cidade de Amparo  –  cinco  femininas e três masculinas.

Seu nome é uma homenagem ao Barão  do Socorro, título honorífico do Coronel Luiz de Souza Leite, um  dos chefes políticos do município e posteriormente Senador da República.

Assim que foi concluído o prédio próprio destinado a abrigar o  grupo, o Secretário de Estado dos Negócios do Interior, José Pereira de Queiroz, autorizou a mudança, o que se realizou entre 1  e 4 de novembro de 1899.

Esse edifício, projetado pelo arquiteto  Victor Dubugras, destacava­se pela circulação avarandada, introduzida em seus dois pavimentos, e pelas galerias existentes  no trecho central da edificação, caracterizadas pela presença de colunatas.  Outra peculiaridade do prédio é a cobertura em telhas  capa e canal com beiral aparente.

Exerceram o cargo de diretor, ambos em comissão,  o professor Antonio Vilela Jr., até 18 de novembro de 1895, e o professor João F. Pinto e Silva, dessa data até 11 de dezembro de 1896. 

Em 12 de dezembro de 1896, foi nomeado diretor efetivo o professor Aristides Epiphanio Macedo, que já exercia a função  de adjunto. 

Em 1970, o grupo se transformou em Colégio Estadual de Amparo;  em 1976, em EEPG Luiz Leite; em 1992, passou a EEPSG Luiz  Leite. Atualmente, a escola atende aos alunos do Ensino  Fundamental e Médio. 


Atualmente, a escola oferece Ensino Fundamental (5 a . a 8 a . série),  Ensino Médio e Jovens/Adultos (Médio).

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