A segunda escola do Estado de São
Paulo, Luiz Leite, completou no último
dia 04 de outubro de 2013, 119 anos. Eu estudei por nove anos nessa escola – lá
aprendi as primeiras lições que carrego na vida.
Sabe aquela saudade do passado? Você
já associou o tempo a fatos marcantes?
Pois é!
Assim tenho muitas lembranças
dessa relíquia de nossa cidade, muito mais que um patrimônio arquitetônico histórico, é uma escola abençoada
que alfabetizou milhões de brasileiros – ensinou ao longo dos 119 anos, o
sentido da vida, abrindo a janela do conhecimento, muitos aprenderam o que é
ser gente nas tímidas salas de aula do Luiz Leite.
Estudei na Escola Estadual Luiz
Leite de 1987 a 1995, ou seja, do primeiro ano a 8º série – naquele tempo, se o
aluno não aprendesse, não progredia de série, era reprovado de verdade. Aliás, diga-se
de passagem, a Dona Criseide, minha primeira professora, gostava tanto de mim
que me segurou para fazer novamente a primeira série...
Durante minha passagem de nove
anos pela Escola Estadual Luiz Leite, dois diretores, respectivamente, comandou a escola: DORIVAL
MARIOTONI e MARCOS COIMBRA.
Escola Luiz Leite |
Quantas lembranças boas dessa
época: brincadeiras, amigos, aprendizado etc. Também passei bons bocados lá: muitas
brigas, ora levava vantagem, ora saia na pior... Mas jamais desrespeitei uma
professora – as encrencas sempre foram por boa causa: em defesa de alguém e para
ajudar um amigo apurado. Quando o bicho pegava de verdade, minha trincheira era
a venda do PANEGASSI - assim o diga o João Bartolomeu Panegassi.
Minha mãe, Dona Vilma, coitada,
vivia na diretoria conversando com o diretor – quando não tinha razão, levava a
maior dura em casa.
Foi lá, EE Luiz Leite, que tive
as primeiras manifestações da vocação política - aprendi a noção de mundo. Lembro-me
como se fosse hoje das aulas (história e geografia) da Dona Clélia falando do impeachment
do Collor, a queda do helicóptero que provocou a morte de Ulisses Guimarães, guerra do Golfo Pérsico etc.
Saudade e eterna gratidão aos mestres
que me ensinaram: Dona Mayde, Rosária, Rosa, Clélia, Milton Rosa, Derley entre
outros que deixaram suas marcas no mural da história.
Quantos “presta atenção” das auxiliares
Dona Olga, Maria, Dudu e da Dona Jane, por ironia do destino é mãe da
minha esposa, Leia Carolina, que estudou na mesma sala desde o primeiro ano.
Não poderia deixar de mencionar a hora do recreio: sopa, polenta com molho e carne moída, leite com bolacha, pão com salsicha etc...
Gostaria de poder reunir todas essas pessoas que passaram pela minha vida - as mencionadas e as não mencionadas nesse momento, e
agradecer individualmente as lições que transmitiram e o quanto foram importantes para mim. Se hoje sou o que sou, graças à essas pessoas que tiveram muita paciência e dedicação em ensinar e orientar.
Por isso, também, que valorizo
tanto a classe de professores. Ser professor é um sacerdócio, é divino, é uma
das mais magníficas profissões que o ser humano pode exercer, é dar sentido à vida, é ser contribuinte do futuro de alguém...
Bem, depois de me emocionar
escrevendo tais palavras, encerro minha mensagem com um MUITO OBRIGADO LUIZ
LEITE.
Como uma homenagem a minha eterna escola, segue a parte
histórica da Escola Estadual Luiz Leite, pesquisada no site Centro de Referência
Mário Covas do Governo do Estado:
O Grupo Escolar Luiz Leite foi
instalado no dia 4 de outubro de 1894, no Largo de São Benedito, em um prédio
alugado, pertencente ao Sr. José Feliciano de Camargo, pela reunião das
oito escolas públicas que funcionavam na cidade de Amparo – cinco femininas
e três masculinas.
Seu nome é uma homenagem ao
Barão do Socorro, título honorífico do Coronel Luiz de Souza Leite,
um dos chefes políticos do município e posteriormente Senador da
República.
Assim que foi concluído o prédio
próprio destinado a abrigar o grupo, o Secretário de Estado dos Negócios
do Interior, José Pereira de Queiroz, autorizou a mudança, o que se realizou
entre 1 e 4 de novembro de 1899.
Esse edifício, projetado pelo
arquiteto Victor Dubugras, destacavase pela circulação avarandada, introduzida
em seus dois pavimentos, e pelas galerias existentes no trecho central da
edificação, caracterizadas pela presença de colunatas. Outra
peculiaridade do prédio é a cobertura em telhas capa e canal com beiral
aparente.
Exerceram o cargo de diretor,
ambos em comissão, o professor Antonio Vilela Jr., até 18 de novembro de
1895, e o professor João F. Pinto e Silva, dessa data até 11 de dezembro de
1896.
Em 12 de dezembro de 1896, foi nomeado
diretor efetivo o professor Aristides Epiphanio Macedo, que já exercia a
função de adjunto.
Em 1970, o grupo se transformou
em Colégio Estadual de Amparo; em 1976, em EEPG Luiz Leite; em 1992,
passou a EEPSG Luiz Leite. Atualmente, a escola atende aos alunos do
Ensino Fundamental e Médio.
Atualmente, a escola oferece
Ensino Fundamental (5 a . a 8 a . série), Ensino Médio e
Jovens/Adultos (Médio).
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