Diariamente são muitas as perguntas sobre o que acontece com duas pessoas que decidem viver debaixo do mesmo teto. Ao morar junto com outra pessoa e
passar a viver em uma união estável, o casal está sujeito a diversas
consequências legais.
De acordo a lei brasileira, isso
significa que apenas morando junto com outra pessoa você poderá ter que arcar
com o pagamento de uma pensão ou abrir mão de parte de seus bens se ocorrer uma
separação.
E em caso de falecimento de um
dos companheiros, aquele parceiro de poucos meses ou anos poderá ficar com uma
parte maior do patrimônio do falecido do que seus próprios pais e filhos.
Eu explico: desde a validação do
Código Civil em 2003, não existe mais um prazo mínimo a partir que define quando
um terá direito sobre o patrimônio do outro – basta que a UNIÃO ESTÁVEL seja perceptível
socialmente, ou seja, que haja vida social do casal para se configurar a união
estável.
Os direitos do casal que se casaram
no “papel” e os direitos do casal que “resolveram juntar as escovas de dente”
são os mesmos.

Entres as consequências da caracterização
da união estável, posso elencar três questões: patrimoniais cruciais que entram
em jogo quando um casal passa a viver em uma união estável: a partilha de bens
em virtude da separação do casal, a partilha em virtude da morte de um dos
companheiros e a provisão de alimentos diante da dissolução da união.
Segundo o artigo 1.790 do Código
Civil: “A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto
aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável [...]”
Como se prevenir de ter que
repartir seus bens?
A lei traz algumas alternativas
importantes acerca da proteção do patrimônio – é possível privilegiar os filhos
ou seus pais ou avos.
Mesmo na união estável é possível
firmar um contrato por escritura em cartório para definir o regime de separação
total de bens, evitando que vigore o regime de comunhão parcial, que é o regime
aplicado automaticamente se nenhum outro for registrado por escrito.
Portanto, se está pensando em
dividir o mesmo teto e ter um cobertor de orelhas, saiba que poderá ter grandes
consequências sua escolha.
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