segunda-feira, 7 de novembro de 2011

4.430 cidades brasileiras enfrentam sérios problemas com o crack


Mesmo com tantos problemas com as drogas, a cidade de Amparo não conta com o Conselho Municipal Antidrogas. O Vereador Carlos Alberto Martins (PV) apresentou ao Prefeito Miotta (PT) o Projeto de Lei criando o Conselho antidrogas, porém, nada aconteceu até agora. 
Um panorama sobre a presença do crack e outras drogas no Brasil foi apresentado nesta segunda-feira, 7, pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. A pesquisa foi elaborada com os gestores municipais de 4.430 cidades. Cerca de 84,5% afirmaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território. Na pesquisa divulgada há um ano, 98% dos pesquisados confirmaram a presença do crack.

A maioria dos gestores apontou ocorrências com outras drogas, mas 90,7% consideram que o crack é o problema e 93,9% registram existência de transtornos por causa da circulação do entorpecente. “Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa.
Foto: André Lessa/AE - estadao.com
Dados também revelam que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5.
O custo efetivo das ações de combate ao crack e outras drogas nos municípios chega a mais de R$ 2,5 milhões. De acordo com o CNM, faltam profissionais capacitados e verbas destinadas para a manutenção das equipes e dos centros de atenção que deveriam estar disponíveis aos usuários. 
Ainda de acordo com as respostas, a presença de drogas em 63,7% dos municípios tem impacto na saúde pública. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a carência na disponibilidade de remédios e a ausência de profissionais especializados na área da dependência química são os principais entraves apontados pelos gestores municipais.   
O segundo setor mais afetado é a Segurança Pública. Quase 60% das cidades listaram vulnerabilidades na segurança, como aumento de furtos e roubos, falta de policiamento em áreas de vulnerabilidade, e crescimento da violência intrafamiliar, doméstica e rural.
Central de Notícias e Agência Brasil
estadao.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário